segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O menino das laranjas

Menino que vai pra feira
Vender sua laranja até se acabar
É filho de mãe solteira
Cuja ignorância tem que sustentar

É madrugada, vai sentindo frio
Porque se o cesto não voltar vazio
A mãe já arranja um outro pra laranja
Esse filho vai ter que apanhar

Compra laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

Lá, no morro, o mundo acorda cedo
E é só trabalhar
Comida é muito pouca e muito a roupa
Que a cidade manda pra lavar

E já madrugada, ele, menino, vem pra feira
Tentando encontrar
Um pouco pra comer, viver até crescer
E a vida melhorar

Compra laranja doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

É madrugada, vai sentindo frio
Porque se o cesto não voltar vazio
A mãe já arranja um outro pra laranja
Esse filho vai ter que apanhar

Compra laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

Lá, no morro, a gente acorda cedo
E é só trabalhar
Comida é muito pouca e muito a roupa
Que a cidade manda pra lavar

E já madrugada, ele, menino, vem pra feira
Tentando encontrar
Um pouco pra comer, viver até crescer
E a vida melhorar

Compra laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

Canção nordestina

Que sol quente que tristeza
que foi feito da beleza
tão bonita de se olhar
que é de Deus da Natureza
se esqueceram com certeza
da gente deste lugar
Olhe o padre com a vela na mão
tá chamando pra rezar
menino de pé no chão
já não sabe nem chorar
reza uma reza comprida
pra ver se o céu saberá.
Mas a chuva não vem não
e esta dor no coração
Aí quando é que vai se acabar,
quando é que vai se acabar?

Quem é homem não chora

Quem é homem não chora
Meu amor foi embora
E hoje eu choro só de lembrar

Meu amor foi embora
Quem é homem não chora
Mas eu vou viver a chorar

Quem nunca amou nunca sofreu
Não chorou mais não viveu
Vai falar só por falar

Quem sebe bem do seu valor
Não vai deixar de amar pra não chorar
Coisa tão triste é ver um bem se acabar
Muito mais triste porém é nunca amar
Quem disse que foi viola
Quem disse que foi amar
Viola só nos consola
E o amor não faz chorar
Viola só nos consola
E o amor não faz chorar

As vezes ninguém controla
O pranto pega a viola
Na dor de ter que ir embora
Quando mais se quer ficar

Quem disse que foi viola
Quem disse que foi amar
Viola só nos consola
E o amor não faz chorar
Viola só nos consola
E o amor não faz chorar

Quando perde o amor que chora
Nem viola é pra chorar
É vida que desenrola
A se perder sem costurar
É vida que desenrola
A se perder sem costurar

Há pressa, não há demora
A perda, nunca o plantar
Dos frutos, quase maduros
Que a gente têm que deixar

Quem disse que foi viola
Quem disse que foi amar
Viola só nos consola
E o amor não faz chorar
Viola só nos consola
E o amor não faz chorar

Hora de lutar(letra)

Capoeira vai lutar já cantou e
já dançou não pode mais esperar...
Não há mais o que falar
cada um dá o que tem
capoeira vai lutar...
Vem de longe, não tem pressa
mas tem hora p'ra chegar
já deixou de lado sonhos
dança, canto e berimbau
abram alas, batam palmas
poeira vai levantar
quem sabe da vida espera
dia certo p'ra chegar
capoeira não tem pressa
mas na hora vai lutar
por você... Por você...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bibliografia

Geraldo Vandré, nome artístico de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, paraibano, (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) é um cantor e compositor brasileiro.Foi o primeiro filho do casal José Vandregísilo e Maria Eugênia. O nome artístico Vandré é uma abreviatura do segundo nome do pai.Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque. Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando.A composição era um hino de resistência contra o governo militar e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. O sucesso acabou em segundo lugar no festival, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim.Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores depois do fim da censura, conquistando enorme sucesso de público e crítica.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A censura da AL-5 e curiosidades

Censura, AI-5
Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, morto no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe. Muitos, porém, acreditam que Vandré tenha enlouquecido por causa de supostas torturas que ele teria sofrido. Dizem que uma das agressões físicas que sofreu foi ter os testículos extirpados, após a realização de um show, por policiais da repressão. O músico, no entanto, nega que tenha sido torturado e diz que só não se apresenta mais porque sua imagem de "Che Guevara Cantor" abafa sua obra.

Curiosidades
a canção Pra não dizer que não falei de flores foi usada em 2006 pelo Governo Federal para mostrar as suas Políticas de Educação como o ProUni e o ENEM, porém num ritmo diferente. É um fato que chama a atenção, já que a música considerada uma ameaça ao outrora governo ditatorial brasileiro, é hoje usada pelo governo democrático brasileiro.
Inevitalvelmente com suas musicas provocou a ira dos ditadores.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pra não dizer que não falei de flores

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...