segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pra não dizer que não falei de flores

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

6 comentários:

  1. Gostei pra caramba porque ele usou sua musica (poesia)para expressar seus pensamentos sobre o tempo que se vivia na época.

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  2. É um convite à luta. Uma descrição dos horrores da ditadura militar. Hoje, essa canção ainda nos faz um grande convite... Vamos descobrir qual é?

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  3. Eu acho que nos chama a lutar pelo que nós acreditamos e não ficarmos parados só sendo espectadores do que está acontecendo.

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  4. Muito bem Gabriel. É isso mesmo, não podemos viver como espectadores da vida, temos que lutar por ela e isso inclui lutar por um mundo melhor, uma sociedade mais justa etc.
    Um abraço.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Foi interessante como ele falou sobre os saldados
    "Há soldados armados
    Amados ou não
    Quase todos perdidos
    De armas na mão
    Nos quartéis lhes ensinam
    Uma antiga lição:
    De morrer pela pátria
    E viver sem razão..."
    O que mostra que ele numca gostou dos soldados e isso era algo revoltante para ele.

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